domingo, 1 de junho de 2025

A RUA DAS CABEÇAS.


 
O Poeta Cacerense Odair José, também referenciou a Rua das Cabeças com o poema:
A RUA FEITA DE CABEÇAS
https://odairpoetacacerense.blogspot.com/2020/12/a-rua-feita-de-cabecas.html?m=0

Conta-se uma incrível história

De tempos imemoriais da cidade

Onde ruas foram feitas de cabeças.

Conto-vos, melhor a narrativa

De uma época tão singular

Para que ninguém dela se esqueça.

Antes mesmo de haver asfalto

Quando a poeira era normal

Nas tardes da seca estação.

Difícil trafegar nas terras arenosas

E cascalho também faltava

Que pudesse cobrir o chão.

Quando chegava a época das chuvas

Tudo alagava como um pântano

E tornava-se um grande lamaçal.

Não havia nenhum calçamento

Nas ruas estreitas de nossa vila

A princesinha do nosso Pantanal.

Para preencher os buracos das ruas

Crânios de bovinos eram improvisados

Para as poças de águas e lama tapar.

As cabeças de animais abatidos

Nas redondezas da cidade para consumo

Tornava-se o meio seguro para caminhar.

Que percorre as ruas do espaço central

E trafeguem sobre os paralelepípedos

Saiba você e nunca se esqueça.

Que um dia a nossa cidade bicentenária

Teve seus logradouros cobertos de crânios

E a singular rua das cabeças


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