domingo, 22 de dezembro de 2019

DESFILE DO 6 DE OUTUBRO DE 1968. COMEMORAÇÕES DO ANIVERSÁRIO DE CÁCERES-MT.


Por. Silva Paula. S.M.


"Era tudo tão simples, mas muito bonito e emocionante, olhando o passado através das fotos é que podemos ver como era, entusiasmo, respeito, civismo e amor por esta terra. Bate uma saudade!", assim definiram os irmãos Alzira e Valdomiro, navegando nos álbuns de fotografias, lembranças que aos pouco vão se constituindo ou melhor construindo o cenário histórico geográfico da cidade. Na foto acima um pelotão de alunas uniformizadas no desfile de comemorações do aniversário da cidade de Cáceres-MT em 06 de Outubro de 1968, do Colégio Onze de Março (CEOM), na Praça Barão do Rio Branco.


Desfile no 6 de Outubro de 1968, a baliza é a aluna Luzia Nogushi, ao fundo a fanfarra do Onze de Março, uma atração no evento. 

Membros da fanfarra do Colégio Onze de Março. Claudio, Ademir faria, Eduardo, estácio, Creudes, João Soares, Ataide. Alunas Juracy e Alba. Não identificamos o Cb do Exército.

Alunos do Colégio Onze de Março - 06 de Outubro de 1968.

Fanfarra do Onze de Março pronta para o deslocamento: Creudes Miranda, Estácio Ramos de Arruda, Vidal, João, Admir Farias, Eduardo. 


Fonte Oral/Memória:
Alzira Cebalho de Almeida
Valdomiro Santana de Paula
Acervo fotográfico:
Valdomiro Santana de Paula

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

UMA RÉPLICA DO HIDROAVIÃO DA EMPRESA CONDOR NOS FESTEJOS DO 6 DE OUTUBRO DE 1968.


Por Silva Paula. S.M


Nas comemorações de 6 de outubro de 1968, alunos do Colégio Onze de Março (CEOM) em Cáceres, incentivados pelo Professor de Matemática Elson Silva, construíram uma réplica de um hidroavião da Syndicato Condor, que fazia rota por Cáceres na década de 1930.
A construção da réplica da aeronave teve inicio nos fundos da casa do Dr. Braúlio na Rua da Manga e seguiu uma sequencia de ações para idealizar a proposta, primeiro fizeram o esqueleto utilizando ripas e compensados leves e algodim, logo depois assentaram em um batelão cedido pelo Mestre Carpinteiro Naval Benedito Tomé.
Uma semana antes do 6 de outubro os alunos levaram a réplica ainda sem pintura para a baia das 3 bocas onde recebeu acabamento.
No dia do desfile de 6 de outubro a réplica do hidroavião da condor já pronto desceu o Rio Paraguai em direção ao cais do porto na Praça Barão do Rio Branco, movido por um motor Volvo-Penta, media 8 metros o comprimento do batelão.

E para dar um charme a mais compuseram uma tripulação sendo o “comandante” Mauro Jorge da Cunha, Oscar Espindola, aeromoça Orandil Moraes Navarro,Valdomiro Santana de Paula, um total 10 alunos participaram da construção e planejamento.

O PRIMEIRO AVIÃO A POUSAR NAS ÁGUAS DO RIO PARAGUAI EM CÁCERES.


No ano de 1927 o hidroavião Savoia-Marchetti S.55 denominado de Santa Maria, foi o primeiro aparelho a pousar nas águas do Rio Paraguai em Cáceres. Conduzido pelo aviador italiano Francesco de Pinedo (Marquês de Pinedo), junto com os tripulantes Carlo Del Prete e Vitale Zachetti no “Raid das duas américas”


Nas Efemérides Cacerenses (Vol. I) o professor Natalino Ferreira Mendes transcreveu que o Intendente Geral de Cáceres Leopoldo Ambrósio Filho, recebe do General Cândido Mariano da Silva Rondon o seguinte telegrama: Para vosso governo informo ter sido essa cidade escolhida pelo Marques de Pinedo para um dos pontos parada seu itinerário através território Mato Grosso para Manaus. O glorioso Ás dos ases italianos pretende baixar e aterrissar nesse porto dia 12. Providenciai sentido poder este receber o avião Santa Maria nas melhores condições possíveis. Saudações General Rondon.
Em relatório a câmara o Intende Leopoldo Ambrósio Filho faz a narrativa da ilustre visita: Na tarde de 16 de março do corrente ano (1927), a uma hora mais ou menos, foi dado aos habitantes desta cidade contemplar um sublime e nunca visto espetáculo – a chegada de um hidroavião. E este era o Santa Maria, a valente águia de De Pinedo, heroico aviador italiano, ás dos ases, que com dois companheiros, vinha fazendo um raid através dos cinco continentes, feito heroico que assombrou o mundo. Durante dois dias Cáceres teve a fortuna de hospedar...

Fonte da imagem: https://www.aviacaocomercial.net/cruzeiro.htm (consultados 10/122019-as 18:12)
















Nesse mesmo ano (1927) nasceu a Syndicato Condor S/A do Brasil, era uma empresa filial da Lufthansa alemã, que passou a operar linhas comerciais e de correios. Na década de 1930 os hidroaviões da Condor cumpriam rotas tendo Cáceres como ponto de pouso. 
Com a declaração de guerra do Brasil aos países do Eixo (Alemanha/Japão/Itália) na 2ª Guerra Mundial (década de 1940) a empresa que era alemã foi nacionalizada pelo governo de Getúlio Vargas.

Abaixo a imagem de um JUNKERS W34/SEE, do SYNDICATO CONDOR, que fazia a rota Corumba/Cuiabá/Cáceres/Porto Velho/Acre.
 
Hidroavião que fazia a rota Mato Grosso/Rondonia/Acre/Amazonas

Mapa de rotas da Syndicato Condor/Varig
Fonte da imagem: https://www.aviacaocomercial.net/cruzeiro.htm 
(consultados 10/122019-as 18:12)



Fontes Orais/Registros:
Valdomiro Santana de Paula
Alzira Cebalho de Almeida
Pedro Adilio de Lima (in Memorian)
Hênio Maldonado (in memorian)

ACERVO FOTOGRÁFICO:
Valdomiro Santana de Paula
Alzira Cebalho de Almeida
Estácio Ramos de Arruda

Site consultados:
https://pilotos.org.br/2019/05/07/introduzindo-a-historia-da-aviacao-parte-4/
https://www.aviacaocomercial.net/cruzeiro.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Syndicato_Condor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francesco_de_Pinedo
http://www.abphe.org.br/uploads/ABPHE/2017/Umbrevehistoricodaaviacaocomercialbrasileira.pdf
https://meioaereo.com/historia-da-aviacao-brasileira/

sábado, 7 de dezembro de 2019

VETERANOS - SÓ TELHA

VETERANOS- SÓ TELHA, SOB A BATUTA DO CAPITÃO HERALDO DE CARVALHO.
Por: Silva Paula. S.M.
Em pé esq/dir: Heraldo de Carvalho, César, Nelson, Braga, Ferreira, Odenir Nery, Jango, Cb Alcantara, Galeno. Agachados: Deluque, IeIé, Cristovão, Dito Colméia, Sub Tenente Carrilho, Onofre (Véinho) e _____________.  Década de 80
Após um racha no Viracopos que dividiu o time, nasceu o Veteranos - Só Telha, que era uma empresa do ramo da construção da cidade de propriedade do popular Ferreira Só Telha. A equipe não permaneceu ativa por muito tempo, e os membros voltaram a formar os quadros do Viracopos.

Fonte Oral:
Valdomiro Santana de Paula
Wladimir (Miko) Ponce
Galeno Pereira Coelho

Acervo fotográfico do Autor.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

CÁCERES E.C. - JUNIOR, NO TORNEIO BICENTENÁRIO DE CÁCERES 1978.


Categoria de base do Cáceres E. C. no Torneio Bicentenário de Cáceres-MT.
A escalação descrita na fotografia segue da esquerda para direita.
Local: Estádio Luiz Geraldo da Silva.        Acervo:  Paulo Fanaia.


O Cáceres Esporte Clube, o Crocodilo do Pantanal, foi criado em meados dos anos 70 em meio a disputas acirradas extra campo, com a intenção de representar a cidade de Cáceres no campeonato profissional de futebol de Mato Grosso, mas essa história contamos em outra oportunidade.
Destaco a relação apaixonante de Luiz Mário Cardoso, o jovem atleta com o número 8, acima, com o Crocodilo do Pantanal.

Fontes:
Acervo fotográfico Paulo Fanaia

Fonte Oral/memória:
Carlos César Ourives, Luiz Mário Cardoso (Pacu).

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

MOCIDADE FUTEBOL CLUBE

O TIME DE FUTEBOL QUE REUNIU A MOCIDADE QUE SE TORNOU O MOMENTO E MARCOU A MEMÓRIA DO FUTEBOL EM CÁCERES-MT.
Por:  Sandro Miguel da Silva Paula (Historiador)  

No início da década de 1960 surgiu em Cáceres-MT, uma equipe de futebol que levou o nome de MOCIDADE FUTEBOL CLUBE, foi organizada por desportistas de Cáceres, sendo um deles o Sr Anacleto de Arruda, irmão do Sgt Pedro Júlio. Reuniu jovens craques que levaram a arte do futebol da cidade para os gramados do estado de Mato Grosso e figurava em destaques nas tiras esportivas dos jornais local e regional.
A equipe participava do campeonato organizado pela Liga Esportiva Cacerense na cidade como também de jogos amistosos na região e na Capital Cuiabá. Os deslocamentos para os jogos fora da cidade eram feitos em carros fretados e também dos próprios dirigentes e atletas.
Em fins de 1961 o MOCIDADE F.C. vai mudar de nome para MOMENTO FUTEBOL CLUBE, motivado por um trágico acidente de veículo próximo a cidade de Poconé-MT onde um jogo amistoso iria acontecer, nessa ocorrência faleceu o inesquecível Cabo Peruca Provenzano bem como lesionou vários jogadores e dirigentes.

A cidade ficou em luto e a tristeza se abateu no futebol cacerense, na memória, apenas as alegrias das vitórias que enchiam de orgulho o povo cacerense e os memoráveis jogos no Estádio Alfredo Dulce. Saudades, apenas saudades.

Local da fotografia não identificado.
Tiras esportivas do Jornal O Estado de Mato Grosso - 1961.
destaca a goleada espetacular de 8 a 0 frente o Marinheiros de Corumbá
no Estádio Alfredo Dulce.
Fonte da pesquisa: Acervo do Professor Paulo Fanaia.

Outro destaque no Jornal O Estado de Mato Grosso - 1961.
Após vencer o Juventus na Capital mato-grossense por uma espetacular goleada, enfrentou e empatou com o Botafogo (Liga de clubes Independentes)
no Estádio Presidente Dutra.
Fonte da pesquisa: Acervo do Professor Paulo Fanaia.

Em pé Esq/Dir: _____,______, Joelson, Fanaia, Sebastião Garcia, Luiz Pouso.
Agachados Esq/Dir: João Pinheiro, Sgt Iran, Barbosinha, Jarde do Amaral, Anibal da Mota.
Acervo do autor.
Local da foto: Estádio Alfredo Dulce, Cáceres-MT, ano de 1961.

Fonte:
Fotografia do acervo particular do autor.
Acervo Professor Paulo Fanaia.
Fonte Oral: Valdomiro Santana de Paula, Wladimir (Miko) Ponce, Dr. Hênio Maldonado (in memorian), Carlos César Ourives (Canhento), Sgt Orival Rodrigues de Souza, Walter Fanaia, Cabo Barbosinha, Sgt Pedro Júlio (in memorian).

sexta-feira, 24 de maio de 2019

DOCUMENTÁRIO MEMÓRIAS DOS SOLDADOS DE FRONTEIRA

- A  18 anos iniciei a coletar depoimentos para o livro Soldados de Fronteira - memórias e narrativas da criação do 2º batalhão de Fronteira na cidade de Cáceres-MT, publicado em 2008. 
- Esse percurso teve inicio com o General de Divisão Austregésilo Homem de Mello, meu primeiro entrevistado, depois pelos ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira - FEB Vitor de Arruda, Antônio Pedro Pinto de Miranda Neto, Acácio Deluque, Pedro Adílio de Lima, Juliano Gonçalves Neto, todos oriundos da cidade e que serviam no 2º Batalhão de Fronteira.

- No caminho foram emergindo as vozes das mulheres e seus esposos militares destacados que construíram com as próprias mãos os destacamento militares na fronteira oeste de Mato Grosso, dessa forma um mosaico foi se desenhando, correntes intensas de memórias que estavam no subterrâneo e andavam pelas margens surgiram, após evocadas. Dai então a ideia de reunir todos para fazer parte da memória coletiva, agora monumentalizadas em suportes concretos de áudio e vídeo.
- Abaixo um trecho do pequeno documentário que esta sendo construído com recursos do próprio autor. 



domingo, 12 de maio de 2019

UNIÃO OPERÁRIA CACERENSE - UOC.

Por: Silva Paula, Sandro Miguel.
Sentados da esq/direita: Elson Silva,____________,Mestre Tomaz Elias, Mestre Quintino, Benedito Ponce, José do Rozauro, Sr Leonardo. Atrás em pé: Sr Mestre Ramão, Milton Santana, Sr Otacilio, Sr Cardoso, Manuelico Cabral.
Na década de 1940, havia dois clubes sociais na cidade o Humaitá e o Mato Grosso, que era frequentado somente pela elite cacerense, os menos favorecidos não tinham a mesma oportunidade de frequentar as atividades sociais e culturais.

O autor e o Engº Walter da Silva Pedroso, em sua residência.
Apesar de que: “os operários cacerenses eram o esteio da cidade e das grandes fazendas de Cáceres, como a Ressaca, Barranco Vermelho, Descalvados e Jacobina, no processamento e manufatura da industria, como também nas matas de Poaia e tudo que fazia movimentar a cidade” (Dr. Walter da Silva Pedroso filho do Sr Benedito Ponce Pedroso um dos fundadores da UOC).

Foi então que em Assembleia Geral organizada pela classe trabalhadora de Cáceres no dia 15 de novembro de 1946, decidiram fundar uma instituição destinada às famílias dos operários cacerense, onde os trabalhadores pudessem realizar atividades sociais, culturais e recreativas.
No dia 1º de Janeiro de 1947 é fundada a UNIÃO OPERÁRIA CACERENSE - UOC, por mulheres e homens das mais diversas profissões da cidade: Carpinteiros, Oleiros, Lavadeiras, Marceneiros, Pedreiros, Carroceiros, Poaieiros, Vaqueiros, Cuidadoras de idosos e de crianças, Alfaiate, Costureiras, Sapateiro, Ferreiro, Pescadores (as), Ourives, Estivadores, Aguadeiro, Amola-tesoura, Leiteiro, Coveiro, e outros.  
A sua primeira diretoria foi formada com os senhores:
o Presidente Mestre Quintino Antônio de Campos, Octávio Santos, Mestre Tomáz Elias Antunes, Dário dos Santos Rosa, Herculano de Araujo, João Corbelino e Alcebiades Camilo da Silva.
Assim que entrou em atividade a União Operária Cacerense, passou a tomar conta do cenário social, cultural e esportivo da cidade, atraindo a comunidade em geral para suas atividades.
Posso afirmar que a fundação da União Operária cacerense gerou poderosos laços de união e solidariedade dentro da sociedade cacerense.    

Festa do dia do trabalho 1º de Maio de 1960: No alto a esquerda Rubens Alt, Segundo em pé da esq/dir Dalvino marceneiro, Horacimil Cipriano de Carvalho, Francisco Santino, Leonardo Claro Cardoso, Benedito Ponce, José Ramos, José do Rozauro (com a garrafa e copo), Basilio Ortega.

Festa do dia do trabalho 1º de Maio de 1960: 

Na mesa ferramentas dos diversos oficios para serem abençoados na 
Festa do dia do trabalho 1º de Maio de 1960:
Esq/dir: Ari Porto, Octaviano, Benedito Francisco de Paula - mestre Tomé, Manoel - carroceiro, Jair, Horacimil Cipriano, Benedito Ponce, Dalvino Monteiro, Tomaz Elias (de terno), Sr Otacilio, __________.

O menino a esquerda em primeiro plano é Cabo do Exército Luiz, Sr Ramirez (com o copo), Francisco Santana, Horacimil Cipriano (com espeto), Benedito Ponce, ao fundo o jovem Adilson Reis.

Missa organizada pela União Operária Cacerense, dedicado as comemorações do dia do Soldado na Catedral de São Luiz - 25 de agosto de 1966.

Missa organizada pela União Operária Cacerense, dedicado as comemorações do dia do Soldado na Catedral de São Luiz - 25 de agosto de 1966.

Carnaval na União Operária cacerense em Fevereiro de 1967.

Carnaval na União Operária Cacerense em Fevereiro de 1967, coroação da Rainha do Carnaval.


Fontes Orais:
Engº Walter da Silva Pedroso
Alzira Cebalho de Almeida
Valdomiro Santanna de Paula
Estácio Ramos de Arruda (in memorian)
Zulmira Sebalho de Paula Arruda (in memorian)
Acervo Iconográfico:
Engº Walter da Silva Pedroso
Fontes consultadas:
- Natalino Ferreira Mendes - Efemérides cacerenses - volume I- 1992 (pág. 67)
- Ata de fundação da União Operaria cacerense - UOC de 1/01/1947.

quarta-feira, 27 de março de 2019

REGISTROS DA EXPEDIÇÃO REVISORA DO MARCO DO JAURU 12 DE MAIO DE 2009..

Após a realização da Expedição Revisora ao local de assentamento do Marco do Jauru, o evento recebeu vários registros na mídia local e regional

Jornal Bom Dia Mato Grosso - TVCA


 Programa Ponto de Encontro da TV Descalvados em 13 de setembro de 2009, realizado no local do assentamento, participaram O Cel João Batista Neves Neto (Cmt 2º B Fron), o Sargento Sandro (2º B Fron), Jornalista Luizmar Faquini e equipe do Programa Ponto de encontro



Palavras da Professora Dra. Maria de Fátima Gomes Costa da UFMT, celebre pesquisadora das Terceira Partida de Limites e do Marco do Jauru. Registro feito em 12 de maio de 2009, no ponto de localização aproximado do Marco do Jauru.




Programa Aqui Agora TV Descalvados, 11 de maio de 2009, no auditório do 2º B Fron.


sábado, 16 de fevereiro de 2019

BANDEIRANTES FOOTBALL CLUBE CAMPEÃO CACERENSE DE 1976.

Em 1976 a equipe do Bandeirantes Football Clube do inesquecível amigo Hênio Marques, sagrou-se campeão cacerense de futebol vencendo o Oriente do Sr Alíbia, pelo placar de 1 a zero.

Esq/dir: Militão, Walter Picolé, Miko e Curió.
O Bandeirantes ainda possuía nos seus quadros Caxito, Braga, Serapião, Edvaldo, Paulinho, José Teixeira e Arquimedes. Local Estádio Municipal Luiz Geraldo da Silva.
Fontes:
Memoria e oralidade
- Hênio Marques (in memoriam)
- Wladimir Porto Pedroso.
Acervo fotográfico
- Wladimir Porto Pedroso

EQUIPE DE FUTEBOL DE SALÃO DA RONDOMAQ DE CÁCERES-MT.

A Rondomaq era uma empresa de venda de veículos e maquinas agrícolas que se instalou em Mato Grosso na década de 1970, antes da divisão do estado, tendo suas lojas estabelecidas nas cidades de Cuiabá, Cáceres e Rondonópolis. 
Patrocinava o esporte e as atividades sociais na cidade, o time de futebol de salão da Rondomaq em Cáceres era gerenciada pelo Capitão Heraldo e Chumbinho.

Em pé esq/dir: Heraldo de Carvalho (Pelé branco), Rene, Walter japones. agachados esq/dir: Miko, Jorge Vila e Bofó. Torneio de futebol salão no 2º B Fron, 1978.

Folder da Dupla sertaneja Toni e Gerre, com a propaganda da Rondomaq e suas lojas em Cuiabá, Cáceres e Rondonópolis. 1976. 
Fonte: http: www.gentedeminhaterra.blogspot.com/2018/04/toni-gerre-1976-grande-mato-grosso-lpc.html 



Fonte:
- Memoria e oralidade: Wladimir Porto Pedroso (Miko)
- acervo fotográfico de Wladimir Porto Pedroso (Miko)
Sites consultados:
http://gentedeminhaterra.blogspot.com/2018/04/toni-gerre-1976-grande-mato-grosso-lpc.html
-https://www.youtube.com/watch?v=BvRJlv3MCpY

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A BANDA DE MUSICA DO 2º BATALHÃO DE FRONTEIRA.


Por: Silva Paula, Sandro Miguel.
Desfile da Banda de Corneteiros e Tambor, 2º B Fron 1946. Estado Maior perfilado e ao fundo prédio de uma companhai de fuzileiros.
A primeira constituição de algo similar a uma banda de musica militar em Cáceres vai ocorrer com a criação da 2ª Companhia de Fronteira do 2º B Fron, no ano de 1938, denominada de “BANDA DE CORNETEIROS E TAMBOR”. Não chegava a ser uma FANFARRA, outra característica das organizações musicais do Exército no período, mas uma pequena seção composta de cornetas e tambor que supunha-se ser de mais fácil aprendizado, e, principalmente pelo pequeno efetivo que era de 150 homens da Companhia recém criada.
Em 1939 ocorre à organização completa do 2º B Fron e seu efetivo é aumentado quando criou-se a necessidade de também fazer surgir uma Banda de Música, mas, por motivos administrativos e acumulados ainda pela distância e a carência de elementos humanos com aptidão para o exercício da pratica musical, não veio a se concretizar.
Jazz Band do 2º Batalhão de Fronteira - 1939.
Mas, a necessidade de se ter um organismo que pudesse criar motivações para os militares e alegrar os dias de intensos trabalhos para construir a estrutura atual do 2º B Fron, fez com que se criasse a JAZZ BAND DO 2º B FRON, em fins de 1939, mesclada com músicos da cidade.

Baile dos Reservistas no Esporte Clube Mato Grosso - 03 Dez 1946,
onde hoje é o Centro Municipal de Cultura. 
Outra finalidade da JAZZ BAND  era de arrecadar recursos motivado principalmente pela necessidade de manutenção e construção dos prédios do batalhão. Era contratada para animar as festas nos clubes e casas da cidade. Os recursos do Governo Federal eram escassos, por isso tinha que se virar como podia.
A partir da década de 1940 a cidade de Cáceres vai ser envolvida pelas novidades musicais dos grandes centros do País como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, trazidas pelos reservistas designados para servir no 2º B Fron.
Danças populares e gêneros musicais derivados de ritmos e melodias de raízes africanas, europeus e platinos vão se fazer mais presentes, criando ritmos sincopados.
O carnaval começa a tomar forma com a participação principalmente da classe menos favorecida da cidade, a música do rádio conduzida por Ary Barroso, Lamartine Babo e “O teu cabelo não nega”, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa, dentre outros, que pareciam na sua essência tão distante, ganham vida  nos acordes da JAZZ BAND DO 2º B FRON.
Banda de Música nas margens do Rio Paraguai em 1956, ao fundo a caixa d'água e prédio da União Social de Assistência - USA.
 A pequena Jazz Band vai então ganhar foros de  Banda Militar em 20 de fevereiro de 1946, sendo considerada como Banda de Música Categoria “D”. Até os dias atuais a Banda de Música é um importante vetor de comunicação social.   

Desfile 7 de setembro de 1950, Praça Barão do Rio Branco.

Dia do Soldado 25 de agosto de 1956. 

Desfile da tropa, 1949, ao fundo a direita o posto de comando do batalhão.

Desfile Dia do Soldado - 25 agosto de 1946.
Desfilam como a guarda a bandeira nacional alunas do Colégio das Irmãs. Ao fundo o pavilhão de comando em construção.

Fotografias:
- Fotografias do álbum do Soldado Hildo Sebastião do Amaral ( Duartina - SP).
- Acerco fotográfico do autor
Memórias e oralidade:
- General Austregésilo Homem de Melo.
- Cabo Francisco Moreno.
- Major Pedro Adilio de Lima.
- Joaquim José Leite Carneiro.
 Fontes consultadas:
- Soldados de Fronteira, memorias e narrativas da criação do 2º B Fron. Sandro Miguel Silva Paula. 2008. edição do autor.
- Histórias de uma região. Octaviano Cabral, 1963 1ª Ed. Editora Himalaya.
- Gabriel Pinto de Arruda, Um trecho do oeste brasileiro, 1938..



terça-feira, 22 de janeiro de 2019

COHAB VELHA E AVENIDA SÃO LUIZ, DÉCADA DE 1970.

Por: Silva Paula, Sandro Miguel.

Nos primeiros anos da década de 1970, em meio a onda de acontecimentos de obras em Cáceres, é feita a doação de uma área a Companhia de Habitação do Estado de Mato Grosso - COHAB, no loteamento denominado de "Vila Maria", onde foi construída 110 casas populares. Hoje conhecemos como Cohab Velha.
Vista aérea do loteamento Vila Maria, que conhecemos popularmente de Cohab Velha. 
Fontes: Fotografia arquivo do Museu Histórico de Cáceres.
Natalino Ferreira Mendes, Efemérides cacerense, Vol II, 1992, pg 24.

Avenida São Luiz e os bairros adjacentes no mesmo período, fazem a cidade expandir.

Vista do bairro Marajoara

Região da Avenida São Luiz

Avenida São Luiz no alto ao fundo o Rio Paraguai e a Ponte.
Fonte: arquivo iconográfico do Museu Histórico de Cáceres

domingo, 20 de janeiro de 2019

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DA NOVA CÁCERES DÉCADA DE 1970.

Por: Silva Paula, Sandro Miguel.

As décadas de 1950 a 1970, podemos destacar como sendo um período em que o município recebeu estrutura urbana e viária que mudou a paisagem da cidade. O incensante movimento de migrantes para a região da grande Cáceres tomou vulto e fortaleceu a industria agropastoril, a rodovia e a ponte sobre o Rio Paraguai interligando o norte do Brasil passa pela cidade, que ganha visibilidade. 
Em 31 de março de 1971, é inaugurada a Estação Rodoviária "Nova Cáceres", nome que era o lema da municipalidade do período, mas em 1972 por indicação do Vereador Hênio Maldonado a estação rodoviária passa a denominar Dr. José Monteiro da Silva, prefeito da cidade que havia falecido no seu primeiro ano de mandato (1971).

Vista da rodoviária pela Avenida 7 de Setembro, destaca-se o pintor desenhando um mapa do trajeto percorrido pelos ônibus e a viatura do EB a esquerda. Acervo do Autor

Vista da Estação Rodoviária pela Avenida do Sangradouro.
Fonte da fotografia Profº Natalino Ferreira Mendes: História de Cáceres - história da administração municipal/Tomo I, 1973.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

A PONTE DE PEDRA SOBRE O CÓRREGO SANGRADOURO.

Por: Silva Paula, Sandro Miguel.

Entre os anos de 1909 e 1911, foi construída sobre o córrego do Sangradouro uma ponte de pedra, que ligava a Rua General Osório com a Rua Riachuelo no bairro da Cavalhada. A necessidade de construir uma ponte sobre o Sangradouro, corre a época em que a "Vila Maria" foi elevada a "Cidade" com o nome de São Luiz de Cáceres (1874).

Nos relatórios da Câmara Municipal ao Presidente da Província de 1875, os edis apresentam as necessidades do povo quanto a construção de sua catedral e de uma ponte, nesse relatório o discurso "revestiam-se de um caráter civilizatório instituindo verdades que eram plasmadas, sobretudo no código de postura do município e nas leis promulgadas pela Câmara Municipal... (Adson de Arruda, pg 99, História e memória Cáceres, ed. UNEMAT, 2011)

Abaixo um recorte da transcrição  do relatório:
"Torna-se de palpitante necessidade a construção de uma ponte sobre o Sangradouro que atravessa esta cidade, cortando-a em dois bairros, e pois na estação invernosa tornam-se incomunicáveis, com o maior território da cidade por represas feita pelas águas do Rio Paraguai", . (Natalino Ferreira Mendes, pg 66, Efemérides cacerenses, Volume I, 1992)
Em outro relatório da Câmara Municipal de 1876 aponta a necessidade urgente da construção da ponte sobre o córrego do Sangradouro, mas o pedido não se concretizou.

Fotografia extraída do livro, "Um trecho do oeste brasileiro", de Gabriel Pinto de Arruda, 1938. vista da Rua Riachuelo, ao centro no fundo a catedral ganhando altura.
Decorridos mais de 30 anos a construção da ponte sobre o córrego do Sangradouro se materializou, o Professor Natalino Ferreira Mendes assim transcreveu na Efemérides Cacerenses:
7 de abril de 1910 - O Sr Luiz da Costa Garcia assina contrato com a Intendência Municipal para construção da ponte do Sangradouro em continuação da Travessa da Liberdade (hoje, Gen. Osório). Especificação: "uma ponte de alvenaria com 12 x 4,5 m e 4 m de altura, assentado o seu taboleiro sobre duas abóbodas de 0,75 m de espessura, levantadas sobre 3 paredes de 80 centímetros cada uma de grossura, tendo os alicerces das mesmas um metro de profundidade abaixo do solo e ficando um vão livre de 5m entre elas, Seu pavimento de barro socado... Será construída de pedra canga e tijolos requeimados, devendo aquela ser lavrada e esquadriada na parte da ponte que fica acima da superficie do solo e a argamassa empregada será composta de uma parte de cal por três de areia. O prazo de conclusão da obra é de seis meses e o valor 8.000$000.(Natalino Ferreira Mendes, pg 94/95, Efemérides cacerenses, Volume I, 1992)

O Mestre construtor da obra arquitetônica foi o Senhor José Vanini, sendo considerada uma das principais ações da administração de Diogo Nunes de Souza (1909/1911).
Ponte Branca nas cheias da década de 1970.

Vista da Ponte Branca 

Ponte Branca ao fundo corte da Rua Riachuelo década de 1970, vista da Escola União e Força.

Vista da Rua Riachuelo, com destaque as torres da catedral.



A Ponte Branca e o ipê roxo (Handroanthus impetiginosus), década de 1990.

Na década de 1990, figura como importantes realizações de urbanismo em Cáceres a construção no córrego Sangradouro de uma galeria de concreto armado, que se estendeu desde a primeira seção de galerias construída na década de 1970 até onde deságua o Sangradouro entre os antigos Porto da Manga e Porto de Benedito Tomé.
Nesse período foram feitas manifestações para que se preserva-se a antiga Ponte de Pedra, mas a marcha inconteste do progresso não se deteve e assim se foi a Ponte Branca.

Acervo Engº Adilson Reis.

Acervo Engº Adilson Reis.

Acervo Engº Adilson Reis.

Acervo Engº Adilson Reis.
A ponte de pedra canga ficou conhecida e batizada como Ponte Branca no meio popular, motivado pelas inúmeras pintura de cal que recebia no correr dos anos.
Foi letra de enredo no carnaval cacerense e nome de bloco carnavalesco que exaltavam a sua magnitude e historicidade cantando os versos assim:

Foi na ponte branca, que despontou a cavalhada,
 ê cavalhada.
Na história de Cáceres relembrada, e consagrada cavalhada.


 Fontes consultadas:
- Gabriel Pinto de Arruda, Um trecho do oeste brasileiro,1938.
- Obras de Natalino Ferreira Mendes:
    1) História de Cáceres (História da administração Municipal) Tomo I, 1973.
    2) Efeméride cacerenses, volume I e II, 1992.
- Otávio Ribeiro Chaves e Elmar Figueiredo de Arruda, História e memória Cáceres, UNEMAT, 2011.
- Maria de Lourdes Fanaia Castrillon, Um esboço sobre a Camara Municipal de Vila Maria do Paraguai 1859-1889, 2006.
Fotografias:
Acervo iconográfico do Museu Histórico de Cáceres.
Acervo Engº Adilson Reis.
Acervo do autor.
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